Document

O que o Rock In Rio nos ensinou sobre o poder de acreditar

O que o Rock In Rio nos ensinou sobre o poder de acreditar

Sumário

Sumário

Quem nos acompanha nas mídias sociais vem encontrando alguns insights que postamos nos últimos dias sobre a nossa imersão na Rock In Rio Academy – Special Edition de 40 anos do festival. Estarmos, na Baobá, à frente de eventos de maior porte a cada dia foi a motivação para buscarmos novos horizontes com quem realiza a gestão de um gigante.

Rock In Rio

Dentre um mar de curiosidades que fazem CNPJ e CPF fervilharem, estavam ali na nossa frente revelações sobre metodologias e complexidades que percorrem desde as mentes criativas até as capacidades burocráticas de um time dedicado a realizar não apenas o maior festival de música do mundo (Desde 1985 ele é o maior evento musical do planeta, tendo sido o show do Queen daquele ano o seu maior público em 1 único dia do festival com 300 mil participantes), mas sim responsável por todos os maiores festivais que acontecem no nosso país (A World Rock é a mãe do RIR, Lollapalooza e The Town).

Bianualmente, o festival movimenta um time de mais de 30 mil colaboradores, com mais de 650 espaços de ações e ativações, 550 fornecedores, 450 contratos artísticos diferentes e 250 parceiros e patrocinadores com extensa capilaridade de atuação dentro de todo o complexo. Não posso deixar de mencionar todo o movimento OORIR (minha licença poética para denominar as mídias “Out Of Rock in Rio”), que dominou o país em publicidade e exposição, alcançando incontáveis caminhos, com reforço considerável nas pontes aéreas e viárias. E quanto às ações de social media, se começarmos a citar o volume de parcerias com influenciadores nas plataformas digitais, teremos um artigo sem fim.

Essas mensurações nos trazem um panorama quantitativo da imensidão desse projeto. Mas diante da imersão que fizemos, o maior impacto não está no quantitativo, mas sim no qualitativo: o que enxergamos foi uma busca implacável pela realização do impossível.

O contexto de 1985 era um País em crise e um publicitário sonhador. 70 mil caminhões de terra para aterrar um terreno em Jacarepaguá não foram suficientes para parar Roberto Medina, seu criador. O que poderia ter afundado (literalmente) o festival se transformou em um ativo que, 30 anos depois, seria vendido aos maiores fãs do evento. (Sim, eles, inusitadamente, envazaram a lama do festival e a venderam para os maiores fãs – Ah…Mais um sim: fãs! Assim são chamados os “clientes” do Rock in Rio).

O poder de acreditar que seria possível realizar, em um País improvável, o que se tornou referência mundial no mundo da música, derrubou todas as barreiras. Mas as barreiras transpostas pelo primeiro festival geraram uma dívida que demorou mais de 7 anos para ser quitada. Mesmo diante desse cenário, o  segundo RIR em 1991 reacendeu a chama para que aquele movimento não acabasse (Saber que meu pai tocou nessa edição me trouxe mais do que insights, mas também uma memória afetiva e nostálgica ao longo da imersão!).  E assim foram chegando as próximas edições, chanceladas pelas anteriores e o que era para ser um evento que colocaria o nosso Brasil no mapa do mundo artístico em definitivo, tornou-se um acontecimento imenso e contínuo (Com 50% do que o público sabe que quer e 50% do que ele não sabe que quer!).

Para quem já foi à Disney, fica nítida a fonte na qual bebem Medina e seus pupilos. De uma música tema marcante presente durante toda a jornada (Se a vida começasse agora…) aos fogos de artifício e projeções que encantam o público, mas passando também pelo conforto de banheiros com indicadores digitais de lotação, pontos de hidratação gratuitos aos montes, experiências e espaços lúdicos a pequenos passos uns dos outros, sem falar em uma limpeza exemplar… Eles pensam em tudo!

E sabe qual edição do Rock in Rio eles consideram a melhor de todas? A próxima! Essa é a premissa, é a missão: MELHORAR a cada ano. Falando na próxima, deixo aqui um spoiler da ousadia que o grupo está preparando, a qual nos apresentaram em detalhes e em primeira mão: o IMAGINE. Com as obras já iniciadas, o projeto transformará a área atualmente ocupada pela Cidade do Rock no maior complexo de entretenimento da América Latina.

Mais do que novas metodologias, perspectivas de gerenciamento, visões gerais sobre curadoria, infraestrutura, monitoramento, segurança, retenção de talentos e processos burocráticos, participar dessa imersão reforçou o poder de acreditar em um projeto e de confrontar a mesmice. Saímos de lá com a certeza de que ser fearless é impactar positivamente a nossa capacidade de inovar, de colocar ação para construir o novo!

Compartilhe
Scroll to Top Rolar para cima